01/12/2013

Caravana, Aventura, Varadouro - Círculo de um círculo que não teminício nem tem fim.

Aventureiros construíram o mundo com suas inquietações e buscas de conhecer o desconhecido. Aventureiros construíram o Brasil. Brasil, uma das maiores, e melhores!!!, invenções de todos os tempos.



'Ouvi' num livro que li que o "Brasil é esquina do mundo"(1), frase intrigante que resume para mim a vocação do Brasil de país dos encontros. Onde podemos encontrar tantas histórias, criar outras histórias, viver milhões de histórias. Essa é nossa vontade, incitar curiosidade, surpreender, causar intriga, conflito, drama, teatro. Levar o teatro onde nunca fomos. Aventurar!!!



Varadouro, varar, abrir caminho, aventurar. É o que tem proporcionado a nós este trabalho. Dois meses na estrada abrindo caminhos, abrindo os olhos, abrindo a mente e proporcionando-nos ver as belezas e mazelas do nosso Brasil. 

Cada noite de apresentação de nosso espetáculo foi emocionante. 
Um público generoso e atento a cada momento, a cada respiração. Que acompanhava cada cena com muita atenção e de alguma maneira se identificando com os personagens do Varadouro. 



Um mosaico de histórias que a partir de fragmentos constrói os sonhos, as alegrias, as tristezas, as doenças, as riquezas, de uma terra que carrega uma exuberante floresta e águas abundantes, tesouros que edificam e escondem personagens maravilhosos.

"Escorregar da vida, a água." - nas palavras do Mestre Junio Santos(2). A água conduz a trama e a aventura. Conduzidos pela água os homens se aventuram no mundo. Conduzidos pela água chegaram a esta terra muitos homens em busca de riquezas e salvação.



Água que circunda o mundo, que nos conduz, aventureiros. Água que guia nossa história, abrindo varadouros para os homens, "ponto onde várias pessoas conversam e descansam"(3). Círculo de um círculo que não tem início nem tem fim. 




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(1) Clément, Catherine - A VIAGEM DE THÉO - http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=10898 

(2) Santos, Junio - Brincante e Ator. Nas suas próprias palavras: "Sou simples como cocada/ manso como um cordeiro/ mas se mexer na ninhada/ viro cachorro ligeiro..."

(3) http://www.dicio.com.br/varadouro/




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