08/10/2013

05.10 - Mais de Alcântara: o Pelourinho e as Ruínas

Em Alcântara visitamos também as ruínas de um palácio que nunca existiu. Elas estão ao lado de casinhas ao estilo colonial, em ruas de pedra onde os moradores vendem doces caseiros. O maior é o Palácio do Barão de Mearim, que começou a ser construído no século XVII para receber Dom Pedro II, mas que nunca chegou a ser concluído. Ficaram apenas as colunas e arcos de pedra.

Além dele, tem também as igrejas de São Matias e Nossa Senhora do Carmo, a da primeira igualmente só restam as ruínas; já a segunda, foi reformada e hoje abriga paineis de azulejo no altar. Conhecemos por ali também o Pelourinho, que é um dos mais bem conservados do Brasil.

Alcântara é uma cidadezinha calma e isolada, uma viagem no tempo. Para chegar lá, da capital São Luís pegue um barco, o trajeto dura cerca de uma hora.



História

O pelourinho de Alcântara é um precioso elemento da história, pois é um dos mais bem conservados no Brasil. Feito em pedra de lioz artisticamente trabalhada, teria vindo de Portugal, pois em Alcântara não havia essa pedra.

Mais de 350 anos se passaram desde o surgimento da aldeia indígena Tapuitapera à histórica Alcântara. Os costumes da cidade, que se fez afamada pela promessa de visita do Imperador Dom Pedro II, emergiram da mistura de raças. Por um lado, a aristocracia branca instalada em imponentes casarões datados do século XVIII, do outro os serviçais negros, cuja influência é notória na cultura do município (há para mais de 250 comunidades quilombolas), ademais da contribuição pioneira do índio com o surgimento da aldeia, ainda no século XVII.
       
O Pelourinho - Em 1648 surgiu a vila brasileira de Santo Antônio de Alcântara, hoje simplesmente Alcântara. Na praça principal plantou-se o pelourinho, símbolo da autoridade do rei e das prerrogativas do povo. O pelourinho consistia em uma coluna de pedra ou de madeira, no mais das vezes artisticamente esculpida e ornamentada com os símbolos reais, da colônia e/ou da vila, fincada a prumo, às vezes sobre baixo pedestal estagiado em degraus.

Mas para além da utilização de todos conhecida em que nele se infligia castigo aos que infringiam as leis, o pelourinho tinha outras serventias sociais, como a fixação de éditos reais, decisões das autoridades comunais a pleitos dos cidadãos ou informações de interesse da comunidade, verdadeiro elemento de ligação entre o poder constituído e o povo, por isso que se localizavam sempre em frente ao edifício da câmara ou na praça principal.

O local onde eram exibidos e castigados os criminosos e os escravos desobedientes é um dos mais importantes atrativos de Alcântara. Lá está ele de novo, o pelourinho, símbolo da continuidade histórica na histórica cidade que se recusa a morrer. (Fonte)









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