No dia 03/10, às 10h30 nos dirigimos para o Teatro Arthur Azevedo para
conhecer o espaço da realização da oficina e das apresentações. Conhecemos o
Josué da Luz e sua equipe e fizemos entrega de material e de camisetas. Após
uma conversa curta nos dirigimos para a sala e ali discutimos questões técnicas
(luz, som, empanada) e em relação ao público, colocamos o desejo de realizarmos
nas escolas atividades de preparação do público, através de palestras e de aula
espetáculo (uma forma de contribuir na formação da plateia). Tudo acordado.
Recebemos a visita do Paulo Socha, nosso contratado para fazer o registro
audiovisual de todas as atividades e ali já iniciou o registro. Presentes na
reunião, estavam nossa equipe (Leo Carnevale, Bira Lourenço, Zaine Diniz e
Chicão Santos), a Produção local (Micelle Cabral e Diana Mattos) e a equipe do
Núcleo de Arte e Educação do Teatro Artur Azevedo (Josué da Luz).
Após uma rápida visita as instalações do teatro, retornamos para o centro
e fomos fazer a primeira refeição (num restaurante contratado pela produção
local) um lugar muito especial e de uma boa comida. Aproveitamos para provar a
culinária Maranhense e saborear as delicias ali expostas para que pudéssemos
saciar a nossa fome. Uma refeição boa para nossas primeiras impressões da arte
da culinária local.
Teatro Arthur Azevedo, uma breve história
extraído do portal http://www.cultura.ma.gov.br
Em pleno ciclo do algodão maranhense, no ano de 1815, dois comerciantes
portugueses desejosos de assistirem espetáculos de arte dramática e música
lírica de qualidade e em condições adequadas, aqui mesmo em São Luís, a exemplo
do que assistiam em Lisboa, decidiram edificar um grande teatro do mesmo porte
das casas de óperas da Europa e trazer de lá e do sul do Brasil as grandes
companhias. Eram eles Eleutério Lopes da Silva Varela e Estevão Gonçalves
Braga.
A planta original do que seria esta grande Casa de Espetáculos, previa
uma fachada para a Rua da Paz e a principal para o Largo do Carmo. A igreja
reagiu e, com o pretexto de ser anti-religiosa a construção de um teatro ao
lado de uma igreja, afrontando seus valores, pediu o embargo da construção.
Com uma sentença favorável aos padres carmelitas, o Teatro começou a ser
construído em 1816 com sua fachada principal voltada para a rua do sol, com
todas as condições negativas que se conhece: o prédio ficou espremido entre
outras construções, sendo as ruas da frente e da lateral, de alta circulação
automotiva com os barulhos conseqüentes e perturbadores, além das dificuldades
para estacionamento. Este teatro não seria o primeiro e sim o quarto a ser construído na
cidade de São Luís, entre 1780 e 1816. Todos de pequeno porte e sem os espaços
e conforto adequados. E assim, em apenas um ano de construção, entre 1816 e
1817, dois empreendedores privados constroem um prédio de tamanha
monumentalidade para a época. Isto há 187 anos e até o presente momento,
nenhum outro foi construído pelo poder público igual ou maior e a cidade não
tinha nem um quinto da população atual.
Edificado em estilo arquitetônico neoclássico, constitui-se no único
exemplar verdadeiro desse estilo em São Luís. No Brasil, o neoclássico foi difundido
com a chegada da missão artística francesa, trazida por D.João VI em 1816. No
Rio de Janeiro, a primeira edificação no estilo neoclássico só ocorreu em 1819.
Nascia assim o Teatro União, inaugurado em 1º de junho de 1817, dois
anos após a inclusão do Brasil ao Reino Unido de Portugal e Algarves, fato que
originou o nome do prédio. O projeto era grandioso. Na época, São Luis era
a quarta maior cidade do Brasil e os 800 lugares do teatro representavam 5% da
população local.
Em 1852, o Teatro União passaria a se chamar Teatro São Luiz e, em 1854,
serviria de berço para Apolônia Pinto, filha de uma atriz portuguesa que entrou em
trabalho de parto em pleno teatro. No camarim número 1, nascia uma das grandes
atrizes do teatro brasileiro, que já aos doze anos encantava platéias com a
peça "A Cigana de Paris". Este mesmo ano é marcado pelo primeiro
baile de máscaras de São Luís, à época um evento de grande repercussão. Os
restos mortais de Apolônia Pinto estão guardados no próprio Teatro, no piso
térreo, em um nicho dá acesso à platéia. Lá, a atriz foi homenageada, ainda,
com um busto em bronze e uma placa alusiva à sua brilhante trajetória cultural,
localizada no próprio camarim nº 1.
O nome Teatro Arthur Azevedo, viria na década de 20 em homenagem a um importante teatrólogo maranhense. Desde então, o lugar enfrentou momentos de crise e chegou a funcionar como cinema, além de sofrer restaurações que acabaram por descaracterizar alguns de seus elementos. Na década de 60, o governo do estado pôs fim ao contrato com a empresa cinematográfica que o havia arrendado.
O nome Teatro Arthur Azevedo, viria na década de 20 em homenagem a um importante teatrólogo maranhense. Desde então, o lugar enfrentou momentos de crise e chegou a funcionar como cinema, além de sofrer restaurações que acabaram por descaracterizar alguns de seus elementos. Na década de 60, o governo do estado pôs fim ao contrato com a empresa cinematográfica que o havia arrendado.
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