09/10/2013

Dia 08.10 - Aula espetáculo no liceu maranhense

No dia 8 fizemos uma aula espetáculo no Liceu Maranhense, uma das Instituições de Ensino mais antigas do Brasil, com quase dois centenários de história e dedicação à educação.


 

Nosso encontro ocorreu no Auditório Maior do LICEU, e com uma plateia lotada discorremos sobre nosso trabalho, nossa cena e ofício. Depois, Leo Carnevale fala de sua vivência como ator, da experiência e da pesquisa cênica que levou mais de 2 anos. O Bira Lourenço fez a “chuva”, tirando a sonoridade da paisagem sonora e por aí fomos conversando, demonstrando procedimento e maneira de trabalhar o teatro em Porto Velho e eis que surge alguém e revela: eu nasci em Porto Velho. Os vídeos revelaram as imagens, as memorias e as lembranças. Nosso público e nossa missão de discutir o teatro, o público e a cidade. Foi um negocio de tira uma foto aqui, e outra ali... e assim terminamos mais uma experiência com nossos amazônidas do Maranhão.

Obrigado alunos, mestres e diretores deste histórico educandário.





Sobre o LICEU...
O Liceu Maranhense é uma tradicional instituição de ensino médio brasileira fundada em 1838 e localizada em São Luís - MA.

A palavra Liceu vem do grego LYKEION e se refere ao local onde Aristóteles ministrava suas aulas e significava "matador de lobos", este por não concordar com o ensino sofista e platônico difundido na época, fundou sua própria escola, em meados do século IV a.C sendo este nome dedicado ao Templo de Apolo devido a proximidade da escola. Ao longo da história da Grécia antiga, o Liceu foi o nome dado aos ginásios que preparavam os cidadãos para a vida com uma formação completa, abrangendo exercícios físicos e intelectuais. Durante o Império Romano, lycaeu ganhou o sentido de "escola onde os jovens podiam dominar alguns ofícios". A mesma ideia prevaleceu no Brasil, como prova o Liceu de Artes e Ofícios.

No Maranhão, surgiu a partir da fundação do Seminário diocesiano de Santo Antonio por influência de D. Marcos Antonio de Souza e nesse mesmo ano o então presidente da província do Maranhão, Vicente Thomaz de Figueiredo Carvalho por meio da Lei n° 17, no dia 24 de julho de 1838,. Nascia assim o Liceu Maranhense, primeiro colégio público de ensino secundário. Historicamente, é considerado um símbolo de referência na área de educação.

Inicialmente teve seu funcionamento no pavimento térreo do antigo Convento do Carmo, mudando-se depois para sede própria na Rua Formosa (Afonso Pena), 174, esquina com Rua Direita (Rua Henrique Leal). Teve como primeiro diretor o professor, jornalista e poeta Francisco Sotero dos Reis. Depois em 1941, ganhou sede definitiva, permanecendo até o momento atual no Parque Urbano Santos, onde até então funcionou o 5º Batalhão de Infantaria do Exército. O Liceu tem como histórica a "missão educacional de crença na vida e na capacidade do homem compreender a realidade e nela atuar, tornando-se melhor e contribuindo para a qualidade de vida de toda a sociedade".

No Liceu Maranhense já estudaram e estudam inúmeros jovens que da construção de seu saber, através do convívio com seus pares e mestres, ajudam não só a contar a história intelectual, política e artística do estado e do país, mas também a participar da sociedade como cidadãos atuantes. Segundo fontes históricas, anteriormente à criação do Liceu Maranhense não havia um núcleo onde as aulas funcionassem juntas e com regularidade, dada a sua importância foi comparado posteriormente ao Colégio D. Pedro II do Rio de Janeiro pela possibilidade que representava para a evolução do ensino público.

Havia inicialmente dois cursos de formação a nível médio, o de Marinha e o de Comércio, este último suprimido logo após a sua criação devido o acentuado caráter literário do ensino do Liceu, haja vista toda sua clientela ser candidata aos cursos superiores, fato que mereceu críticas pois a oferta de cursos que habilitassem a uma profissão era necessária, considerando o contexto que necessitava do aparelhamento da sociedade com pessoas que pudessem ser úteis A vida pratica e produtiva combatendo os exclusivismos jurídico, clássico e teórico da época. Embora reformas viessem a introduzir outros cursos, os esforços não foram significativos pois continuava-se a ter a mesma feição literária e propedêutica. Atualmente é oferecido o curso em formação geral e mesmo havendo diretrizes legais que estimulam a aproximação do ensino ao preparo para o mundo do trabalho, ainda não se vê esforços nesse sentido, a preparação para o vestibular continua a maior expectativa". 

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